segunda-feira, 31 de outubro de 2016

Comprometimento Cognitivo em pacientes com HII

Olá...Oi...Já te dei um oi hoje?

Se você tem HII pode ser que tenha se identificado com essa cena, uma situação um tanto comum para pacientes com Hipertensão Intracraniana Idiopática.
Dificuldades com memória, concentração e aprendizagem são alguns dos sintomas que muitos pacientes podem enfrentar.
Talvez lá no início do turbilhão de sintomas, você já apresentava alguma dificuldade cognitiva, mas acabou nem reparando ou não dando importância e com o tempo foi piorando até você se sentir como a peixinha Dory, aquela amiga do Nemo.
Pode até ser que nossa família ou amigos já tenham reparado que você está enfrentando esse déficit cognitivo, mas como explicar tudo isso se nem a gente sabe direito o que está acontecendo?

No artigo A função cognitiva no tratamento da hipertensão intracraniana idiopática: um estudo de caso-controle prospectivo  relata o seguinte: "A causa de déficit cognitivo em HII permanece especulativo. Teorias poderiam envolver a disfunção da substância matéria cinzenta e / ou branca  devido à compressão mecânica, tal como proposto na hidrocefalia de pressão normal, a disfunção relacionada com o fluxo axonal como no inchaço do nervo óptico e disfunção ou libertação de substâncias citotóxicas, como é visto em outras condições com declinação cognitiva. Até agora, não há nenhuma evidência plausível para danos cerebrais em HII, e, como o volume do cérebro parece ser normal em HII, que seria de esperar qualquer mudança estrutural que poderia explicar os déficits cognitivos encontrados neste estudo para ser sutil."

Observamos pela leitura que alguns profissionais buscam explicações para nossos sintomas.
O mesmo artigo relata uma realidade vivenciada por muitos aqui quando cita que:  "Devido a uma predileção por indivíduos jovens em idade de trabalho, hipertensão intracraniana idiopática (HII) é uma condição com consequências socioeconômicas consideráveis."" Apesar da ameaça evidente a função visual, o cumprimento com o tratamento a longo prazo é muitas vezes pobre. Em nossas clínicas, experimentamos uma substancial falta de iniciativa e auto-consciência em pacientes com HII, que levantou a suspeita de disfunção pré-frontal. No entanto, enquanto numerosos estudos descrever as complicações visuais relacionadas com a dor de cabeça de HII, muito pouco se sabe sobre as implicações cognitivas da doença." 
"Em conclusão, este estudo sugere fortemente que HII está associada a défices cognitivos. Os resultados, além disso, indicam que os déficits cognitivos são de longa duração, não em paralelo com a redução da PIC e dor de cabeça, e não estão suficientemente tratados por diuréticos e perda de peso. Contrariamente às nossas funções de hipóteses, executivas e de memória foram apenas moderadamente afetados. No entanto, encontramos défices substanciais na velocidade de processamento e tempo de reação que poderia explicar algumas das dificuldades que os pacientes enfrentam no trabalho e atividades diárias. Uma abordagem multidisciplinar focada incluindo a reabilitação neuropsicológica, portanto, pode ser relevante no tratamento de pacientes com HII."

Esse artigo explica muitas coisas para mim. Mesmo em tratamento sinto meu raciocínio bem lento. As pessoas falam comigo e não consigo me concentrar na conversa, além de demorar para responder, isso quando respondo. Quem convive comigo já sabe que precisa ter paciência.

Mas, pesquisando um pouco mais sobre o assunto encontrei mais alguns artigos que corroboram com a informação de que a Hipertensão Intracraniana Idiopática ou Pseudotumor Cerebral causa problemas cognitivos. Vejam:

O artigo Hipertensão Intracraniana Idiopática: desafios clínicos em curso e perspectivas futuras - traz as seguintes informações:"É interessante mencionar sobre o perfil cognitivo em pacientes com HII. Embora, a função cognitiva não é rotineiramente avaliados em pacientes com HII, vários domínios da função cognitiva está prejudicada em pacientes HII, incluindo memória, função executiva, o processamento visual-espacial, atenção, coordenação motora, memória de trabalho e velocidade de processamento. O mais défices graves foram tempo de reação e a velocidade de processamento. Apesar da melhora significativa na dor de cabeça, disfunção cognitiva pode persistir mesmo depois de 3 meses de tratamento."

E o artigo Evidência de comprometimento cognitivo leve de múltiplos domínios na hipertensão intracraniana idiopática. fala "Os nossos resultados indicam que os pacientes com HII têm comprometimento cognitivo leve. Todas as medidas de intervalo de domínio de memória mostrou uma diferença estatisticamente significativa de indivíduos normais, indicando que não é uma forma de disfunção cognitiva em múltiplos domínios. A relação entre disfunção cognitiva e pressões intracranianas cronicamente elevados e seu papel na contribuição para a morbidade paciente necessita de um estudo mais aprofundado."

Bem, o que me chamou a atenção foi a informação que o déficit cognitivo permanece mesmo com a melhora da dor de cabeça e pode ter longa duração.
Depois de tudo isso, só nos resta pedir a Deus para que encontrem respostas para por fim a todo esse sofrimento.

Eu passo por isso. Sinto na pele todos os efeitos aqui relatados e esse post do nosso cantinho retrata bem a minha condição. 

Como sabemos, cada um é único e os sintomas variam de pessoa para pessoa, por isso, leiam, pesquisem e sempre conversem com seus médicos. 

Um grande abraço.

Lih ;)

Os artigos encontram-se na íntegra nos links abaixo:



segunda-feira, 5 de setembro de 2016

Hipertensão Intracraniana Idiopática e Lúpus, uma relação que precisa de cuidado

Olá amigas e amigos, como vocês estão?

Espero que tudo bem. 

Entre medicamentos e exames, vou vencendo cada desafio. 

Mas quero falar com vocês um pouco sobre as etapas do diagnóstico. 
De repente sentimos tudo, porém não temos nada. Exames de imagem, exames de sangue, exames de líquor e a única alteração é a pressão intracraniana elevada. 

Como já vimos em vários artigos, a Hipertensão Intracraniana Idiopática é um diagnóstico de exclusão. O conjunto de sintomas, evidências clínicas e de imagem sugerem a HII. 
Mas temos que levar em consideração também as possíveis causas. Muitas doenças podem causar a HII. Confundem os sintomas e podem gerar confusão no diagnóstico. 

O diagnóstico correto é um fator essencial para o tratamento. 
Buscando informações, tenho observado que muitas pessoas que hoje enfrentam a Hipertensão Intracraniana Idiopática sofrem com outras doenças, e entre elas destaco o Lúpus.

O Lúpus também é uma doença de difícil diagnóstico, mas com alguns exames que auxiliam na confirmação. 
Encontrei esse artigo que fala exatamente sobre essa interação entre paciente com Lúpus e HII.



"Hipertensão intracraniana idiopática (IIH) é uma condição que afeta predominantemente mulheres com excesso de peso e é caracterizada por aumento da pressão intracraniana, sem qualquer patologia identificável no cérebro e com o líquido cefalorraquidiano (LCR) composição normal. A causa da HII não é clara, e, como tal, continua a ser um diagnóstico de exclusão. O lúpus eritematoso sistêmico (LES) é uma doença do tecido conjuntivo multisystem de causa desconhecida, na qual os tecidos e células são danificadas por auto-anticorpos patogênicos e complexos imunes. Dor de cabeça é um sintoma comum em pacientes com LES e ocorre devido a várias causas. HII é uma rara síndrome de LES neuropsiquiátrica e uma das causas da dor de cabeça no LES. Mesmo quando existem critérios definitivos para o diagnóstico de LES, a apresentação inicial pode ser tão camuflando que um alto índice de suspeição deve estar presente ao fazer um diagnóstico. Para agravar este é o fato de que os livros didáticos atualmente atualizados da medicina não descrevem HII como entre as manifestações neuropsiquiátricas do LES."

Para mim, uma das citações mais relevantes deste artigo é a seguinte:
"A pesquisa completa e meticulosa para tais causas secundárias inicialmente obscuras, muitas vezes acaba por ser gratificante para chegar à etiologia, como foi demonstrado em nosso caso. Tal pesquisa também salva o paciente de punções lombares repetidas desnecessárias e cirurgias de derivação, porque tratar o problema principal pode levar a resolução total dos sintomas e complicações da HII."

Neste outro artigo, encontrei outra citação que também chamou minha atenção. 
Aumento intracraniana pressão relacionada com lúpus eritematoso sistêmico: uma experiência de 26 anos: "Propomos que HII é uma manifestação de LES e corticosteróides que deve ser considerada como o tratamento de primeira linha."


Poucos artigos relatam a interação entre HII e Lúpus, porém os que relatam insistem no tratamento do Lúpus para diminuir os sintomas de HII. Nesse caso a HII seria uma consequência do Lúpus. E tratar a causa é menos desgastante que tratar as consequências.

Quando enfrentamos uma doença rara e de difícil tratamento como a HII, devemos ficar muito atentos para o nosso corpo e suas manifestações. A busca por respostas deve ser contínua. 

Converse com seu médico sobre os exames que investigam o Lúpus e outras doenças reumáticas e auto-imunes. 

Um forte abraço.
Lih!!!


quarta-feira, 24 de agosto de 2016

Fique por Dentro - Projeto de Lei para pessoas com Doenças Raras e Graves


Olá amigos e amigas.

Num momento com tantos acontecimentos, me deparei com uma notícia que me encheu de esperança.

Quem é portador de uma doença rara como a Hipertensão Intracraniana Idiopática se vê desamparados pelas políticas públicas atuais. O acesso ao tratamento pelo SUS não é amplo e plenamente eficiente e isso dificulta a nossa evolução.

Mas está em tramitação no congresso um Projeto de lei que tem como objetivo principal a assistência eficiente aos portadores de doenças raras.

Um problema muito comum para nós, portadores de HII, é a quantidade de medicamentos que utilizamos, inclusive medicamentos órfãos e off label. E para quem tem tantos sintomas e dificuldades em trabalhar, receber a medicação ajudaria muito.

Vamos acompanhar o andamento desse projeto, pois será uma vitória para todos.

Fonte: http://www.bahianoticias.com.br/saude/noticia/13966-no-dia-internacional-da-felicidade-psicologos-discutem-o-que-faz-uma-pessoa-feliz.html


O projeto obriga o Ministério da Saúde a fornecer medicamentos para o tratamento de doenças graves e raras, ainda que eles não constem na relação de remédios disponibilizados gratuitamente pelo SUS
A Comissão de Constituição e Justiça e de Cidadania (CCJ) aprovou hoje o projeto que cria a Política Nacional para Doenças Raras no âmbito do Sistema Único de Saúde (SUS). A proposta define como doença rara aquela que afeta até 65 em cada 100 mil pessoas (PL 1606/11).
Como tramita em caráter conclusivo, a proposta poderá ser remetida diretamente para o Senado, exceto se houver recurso para que o Plenário da Câmara também analise o texto.
O texto aprovado na CCJ é o substitutivo da Comissão de Finanças e Tributação ao Projeto de Lei 1606/11, do ex-deputado Marçal Filho, e ao PL 2669/11, do deputado Jean Wyllys (Psol-RJ), que tramita apensado.
Pelo projeto, essa política deverá ser implantada em até três anos, tanto na esfera nacional, como na estadual e na municipal, com o objetivo de estabelecer uma Rede Nacional de Cuidados ao Paciente com Doença Rara. A proposta estabelece as competências de cada um dos entes federativos (municípios, estados e União) na execução da política.
O projeto obriga o Ministério da Saúde a fornecer medicamentos para o tratamento de doenças graves e raras, ainda que eles não constem na relação de remédios disponibilizados gratuitamente pelo SUS.
Prazo para valer
O relator na CCJ, deputado Marcos Rogério (DEM-RO), fez apenas uma mudança: suprimiu o prazo de 90 dias dado pela proposta original para que o Executivo regulamentasse a nova lei.
Ele argumentou que o Supremo Tribunal Federal já decidiu que é nula toda norma que venha a impor prazo para que outro poder execute atribuição de sua exclusiva competência, como a de regulamentar leis. “Com isso a proposta segue sem prejuízos, e esperamos que o governo regulamente a medida no menor prazo possível”, disse.
Atenção básica e especializada
A política será implementada tanto na chamada atenção básica à saúde, quanto na atenção especializada.


Na atenção básica (Unidades Básicas de Saúde e Núcleo de Apoio à Saúde da Família) serão identificados os indivíduos com problemas relacionados a anomalias congênitas, erros inatos do metabolismo, doenças geneticamente determinadas e doenças raras não genéticas. A ideia é que os portadores de doenças raras sejam identificados precocemente, no pré-natal ou ainda recém-nascidos, e que recebam o tratamento adequado desde a primeira infância. A política prevê ainda o suporte às famílias dos pacientes com doenças raras.



Já na atenção especializada (Unidades de Atenção Especializada e Reabilitação e centros de referência) será realizado o acompanhamento especializado multidisciplinar e os demais procedimentos dos casos encaminhados pela atenção básica.



Centros de referência

Conforme o texto, cada estado deverá estruturar pelo menos um centro de referência, que deve, na medida do possível, aproveitar a estrutura já existente em universidades e hospitais universitários.


A proposta estabelece ainda que os estabelecimentos de saúde habilitados em apenas um serviço de reabilitação passarão a compor a rede de cuidados à pessoa com doença rara. O objetivo é dar assistências aos pacientes sem tratamento disponível no âmbito do SUS. A ideia é que esses centros possam se articular com a rede do SUS, para acompanhamento compartilhado de casos, quando necessário.



Medicamentos órfãos

A política reconhece o direito de acesso dos pacientes diagnosticados com doenças raras aos cuidados adequados, o que inclui a provisão de medicamentos órfãos (aquele destinado ao diagnóstico, prevenção e tratamento de doença rara). Pelo texto, a necessidade de utilização desses medicamentos órfãos deverá ser determinada pelos centros de referência do SUS e reavaliada a cada seis meses.
Segundo o texto, a incorporação do medicamento órfão pelo SUS deverá ser considerada sob o aspecto da relevância clínica, e não sob o aspecto da relação custo-efetividade. A proposta diz ainda que os medicamentos órfãos destinados ao tratamento de doenças raras terão preferência na análise para concessão de registro sanitário junto à Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) e estabelece algumas regras para facilitar esse registro."


Espero que mais políticas públicas sejam criadas visando o bem de quem as sofre.

Um forte abraço.

Lih!!!

Fonte: http://www2.camara.leg.br/camaranoticias/noticias/SAUDE/513162-CAMARA-APROVA-POLITICA-NACIONAL-PARA-PACIENTES-COM-DOENCAS-RARAS-NO-SUS.html

quarta-feira, 20 de julho de 2016

Cirurgias de Derivações, mais uma esperança de tratamento para HII.

Olá para todos. Sei que vocês perceberam que estou um pouco ausente, mas quem tem uma doença com tantos altos e baixos como a Hipertensão Intracraniana Idiopática ou Pseudotumor Cerebral, fica difícil manter uma rotina. Tantos sintomas por vezes nos jogam para baixo, impedindo de realizar atividades do dia-a-dia. Não é fácil, mas temos que encontrar força e fé para sorrir e seguir em frente.
E na nossa luta em seguir em frente, muitas vezes precisamos de tratamentos que podem ou não funcionar como o planejado. Isso vai depender de cada caso, de cada organismo.
Por isso daremos prosseguimento na busca de opções de tratamentos para vocês entenderem e sempre conversarem com seu médico qual o melhor a seguir.
Como já vimos aqui, muitos estudos defendem que "o objetivo do tratamento são dois: preservar a visão e reduzir a imensa gama de sintomas..."(http://vencendoahii.blogspot.com.br/2015/07/os-tratamentos-para-hipertensao.html)
Como ainda se conhecem poucas opções de tratamentos medicamentosos, muitos pacientes precisam de procedimentos cirúrgicos na tentativa de conseguir de volta um mínimo de qualidade de vida.

O artigo Pseudotumor Cerebral: uma atualização sobre as opções de tratamento traz as seguintes informações sobre as opções de tratamentos cirúrgicos:"Tratamento cirúrgico inicial da PTC (Pseudotumor Cerebral) é indicado quando há neuropatia óptica grave, aguda ou rapidamente progressiva, ou falha do tratamento medicamentoso. Desvio de  líquido cefalorraquidiano ​​(ventrículo peritoneal [VP], ventrículo atrial [VA], ou lombo peritoneal [LP]) e Descompressão de bainha de nervo óptico (DBNO) são realizados mais comumente, com a descompressão subtemporal reservada para casos extremos. A decisão entre os procedimentos de desvio CSF ​​e DBNO depende da disponibilidade de recursos locais e de sinais e sintomas particulares do paciente. Ambos os processos podem ser necessários. Derivação do líquido cefalorraquidiano é o tratamento cirúrgico mais amplamente realizado para PTC, e é útil no tratamento de papiledema, dor de cabeça e perda de visão. A manobra resulta em normalização rápida do PIC, a resolução do papiledema, e melhoria da visão. Todos os procedimentos de derivação tem uma elevada taxa de insucesso a longo prazo e muitas vezes precisam de revisão por causa da obstrução ou falha. Em uma série de casos e revisão da literatura por Abubaker et al ., a taxa de insucesso foi maior para as derivações VP (14%) do que LP derivações (11%), mas as taxas de revisão foram maiores para derivações LP (60%) do que derivações VP ( 30%). Desvios de VA / VP podem ser mais eficazes do que o desvio de LP no alívio de dor de cabeça, mas é tecnicamente mais difícil de colocar o cateter para os ventrículos tipicamente normais ou pacientes de pequenas PTC. Orientação estereotáxica deve ser usada se estiver disponível."

A Fundação de Pesquisas Hipertensão Intracraniana (http://ihrfoundation.org/hypertension/info/C31) também traz informações sobre o uso de terapia cirúrgica em pacientes com HII. Vejamos:

"Derivação lombo-peritoneal (LP shunt) - Uma derivação LP desvia CSF a partir do espaço sub-aracnóide lombar (coluna) para o peritônio (cavidade abdominal).
Derivação ventrículo-peritoneal (VP shunt) - A derivação VP desvia CSF a partir de um ventrículo no cérebro para o peritônio (cavidade abdominal).
Cisterna magnum derivação - A derivação cisterna magnum desvia CSF da cisterna do colo do útero (parte posterior da cabeça) para o peritônio (cavidade abdominal). Estes tipos de derivações são geralmente utilizados quando não é possível a utilização de uma derivação LP ou VP.
Outras áreas do corpo em que CSF pode ser drenado incluem a cavidade pleural (peito), e o átrio (coração). Muitas derivações utilizadas hoje têm válvulas programáveis, o que significa que as válvulas são ajustáveis ​​externamente. A vantagem de uma válvula programável é que após a cirurgia, um médico pode ajustar a taxa de drenagem da válvula de maneira não-invasiva, com o uso de um dispositivo magnetizado. As derivações com válvulas programáveis ​​podem ser afetadas por imãs utilizados para a produção de imagens de ressonância magnética, e podem necessitar de ser ajustada depois de a imagem está completado. 
Derivações têm uma história quadriculada com uma taxa inicial de 50% de sucesso e de forma alternada, uma alta taxa de revisão de 50%. Eles são o procedimento neurocirúrgico pediátrica mais comum e o segundo procedimento neurocirúrgico mais comum para adultos." 

Compartilho da mesma ideia da Fundação em relação a qual forma de tratamento escolher.

"Infelizmente, não existe um tratamento "perfeito" para HI crônica, especialmente desde que a experiência de cada pessoa é diferente. Enquanto a cirurgia certamente ajuda algumas pessoas, ele também pode levar a repetir operações, o que pode produzir graves complicações, às vezes com risco de vida. O problema mais comum com derivações é que o cateter fica bloqueada e tem de ser substituído. 
Para tomar uma decisão, é sempre melhor discutir os riscos e benefícios de qualquer tratamento com seu médico."

E você pode me perguntar: Mas será que devo partir para o tratamento cirúrgico?
Eu vou te responder: Converse sempre com o seu médico de confiança. Essa decisão dependerá da análise profissional e de sua opinião pessoal sobre o assunto, afinal de contas a minha experiência não pode influenciar no seu tratamento pois estamos falando de nossa individualidade, de nossa VIDA! 

Espero que esse post te ajude a entender sobre os procedimentos cirúrgicos.

Um abraço e até mais.

Lih!


Fontes: http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pmc/articles/PMC4278127/
http://ihrfoundation.org/hypertension/info/C31







sexta-feira, 17 de junho de 2016

Aprendendo e ensinando sobre HII


Olá amigos e amigas. Como vocês estão?
Quando temos uma doença como a Hipertensão Intracraniana Idiopática encontramos muita dificuldade em ter informações sobre ela, o que prejudica no diagnóstico e até mesmo no tratamento.
E o apoio muitas vezes vem de outras pessoas que sofrem com a mesma doença.
Buscando informações interessantes para trazer para vocês, encontrei um depoimento muito emocionante. Uma vencedora que tem muito a nos ensinar.
Visitem o canal da Sabine no YouTube ( https://youtu.be/RWq43TqCOF8) e se inspirem em vencer.


A Sabine é uma guerreira e sua linda atitude através de seu depoimento nos ajuda a entender melhor tudo o que passamos.
Para a Sabine desejamos muita força, coragem e uma rápida recuperação.
Um forte abraço.
Lih!

quarta-feira, 8 de junho de 2016

Vitamina A e HII, fique de olho!

Olá meus amigos e amigas, tudo bem com vocês?
Quando passamos pelo susto do diagnóstico de HII, começamos a buscar respostas para todos os sintomas, que muitas vezes insistem em nos acompanhar.
Na busca por respostas, geralmente encontramos diversas informações, sendo algumas muito úteis, outras que podem nos confundir ainda mais. Mas como filtrar as informações? A busca de respostas em site e fontes confiáveis, o próprio hábito da leitura e o conhecimento de nosso corpo e dos sintomas, podem nos ajudar bastante quanto as informações recebidas.
Cada pessoa tem suas particularidades, sendo singular. Os meus limites e sintomas podem ser diferentes dos experimentados e sentidos pela maioria das pessoas e só me conhecendo que serei capaz de combatê-los.
Algumas pessoas acreditam que temos que ser fortes, mas não é fácil lutar contra nosso corpo e muitas vezes contra sintomas e dores verdadeiramente incapacitantes.
Porém, aprendemos o que nos faz bem e o que nos faz mal. E acreditem, o equilíbrio pode começar pela nossa alimentação.
Para alguns indivíduos o exercício físico ajuda, para outros piora os sintomas. O mesmo acontece com o calor, peso e alimentação. E este item merece a nossa atenção, pois, nossa alimentação pode influenciar nos nossos sintomas.
Você já parou para pensar se sua alimentação está influenciando seu tratamento?
Eu não tinha a percepção do quanto a alimentação alterava meus dias. Dias de dor após a ingestão de massa de tomate ou uma comida mais gordurosa. E o que falar dos doces e refrigerantes?
Mas você pode pensar (como eu pensei por muito tempo): mas sempre comi e nunca me fez mal!!!
Amigos, vamos ser realistas, antes fazíamos "quase tudo" e não sentíamos nada. É uma nova realidade e digo também que pode ser uma oportunidade para nos cuidarmos melhor e de quebra perder alguns quilinhos indesejados.
Já sabemos que a obesidade pode agravar os sintomas e nos colocar novamente numa crise, então vamos nos cuidar.
Vários artigos citam a interação entre a Vitamina A e a Hipertensão Intracraniana Idiopática ou Pseudotumor Cerebral.
Você já fez algum teste para saber se o consumo de Vitamina A influencia seus sintomas?
Eu já fiz! O resultado para mim foi surpreendente. Atualmente eu "evito" alguns alimentos que já identifiquei como indutor de crise. No meu caso particular, evitar não é abolir da dieta, apenas equilibrar com outros alimentos. Um exemplo que aprendi é não comer grandes quantidades de cenouras com abóbora, e eu amo os dois. Agora como uma porção pequena de apenas um dos dois. 
Faça um teste e procure seu equilíbrio. Isso não quer dizer que você estará curada da doença, mas poderá evitar alguns sintomas ou crises indesejadas.
Citamos abaixo um artigo sobre a Vitamina A e a HII. 

"Concentração sérica de vitamina A é elevada na hipertensão intracraniana idiopática.
Abstrato
OBJETIVO:
O objetivo principal foi investigar se a concentração sérica de vitamina A está associada a hipertensão intracraniana idiopática (HII). O objetivo secundário foi a obtenção de dados do piloto em relação à quantidade de vitamina A ingeridos por pacientes e controles.
FUNDO:
A vitamina A é um mediador candidato atraente de HII como muitos dos sintomas e sinais de hipervitaminose A imitam os de HII.
MÉTODOS:
Nós prospectivamente determinada retinol sérico e concentração de éster de retinol em 16 mulheres com HII e 70 mulheres jovens saudáveis. Usando um instrumento de pesquisa, também determinamos a vitamina média diária de ingestão em uma amostra de conveniência de pacientes e controles.
RESULTADOS:
Concentração de retinol sérico foi significativamente maior no grupo de pacientes (mediana 752 ug / L), em comparação com o grupo controle (mediana 530 ug / L), mesmo após o ajuste para idade e índice de massa corporal (p <0,001). Concentração de éster de retinol, no entanto, foi semelhante no paciente grupos (mediana 48 ug / L) e de controle (média de 41 ug / L) (p = 0,32). Não houve correlação significativa entre a concentração de retinol sérico e índice de massa corporal nos pacientes (r = 0,16) ou controles (r = -0,02). Finalmente, não houve diferença significativa nas quantidades de vitamina A ingerida pelos pacientes ou controles, embora o pequeno número de pacientes em ambos os grupos reduzida a potência desta conclusão.
CONCLUSÕES:
Concentração de retinol sérico elevado está associada com HII. A obesidade, por si só, não explica estes níveis mais elevados. Os pacientes podem ingerir uma quantidade anormalmente grande de vitamina A, metabolizar-lo de forma anormal, ou ser mais sensíveis aos seus efeitos. Alternativamente, elevado nível de retinol sérico pode refletir um sintoma excepcional ou acidental de outra variável que não medir ou um efeito não específico de capacidade de ligação elevada retinol."


Ninguém disse que seria fácil, mas também não disseram que seria impossível. Conhecimento, força, perseverança e fé são fundamentais para nós. 

Um grande abraço.
Lih!!! 


Fonte: http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/10496276

domingo, 8 de maio de 2016

Feliz Dia das Mães... Mamães!!!


Mãe, sinônimo de amor, carinho e segurança.

Não importa a idade, é no seu colo que encontramos conforto. 

Quando somos crianças, nossos olhos brilham com sua beleza. 

Quando somos mães, nossos olhos brilham ao ver o amor nos olhos de nossos filhos.

Simplesmente amor!!!


Fonte: http://rubiamae.blogspot.com.br/2013/03/um-mes.html


Parabéns as mamães vencedoras!!!

Lih!!!

sexta-feira, 15 de abril de 2016

Epidemiologia e fatores de risco para Hipertensão Intracraniana Idiopática

Olá, amigas e amigos. Como vocês estão passando?
Eu precisei de uma pausa, alguns dias para estabilizar minha saúde e minha casa. Por algumas vezes iremos fazer isso, nos dar esse tempo. E isso é muito necessário para evitar um stress ainda maior.
Então quando seu corpo pedir, faça.
Mas agora que as coisas já estão em ordem, vamos voltar a ativa.
Em minhas pesquisas (devemos sempre nos manter atualizadas) encontrei esse artigo. Um artigo recente, que aborda alguns pontos que considero bem interessantes e que devem ser melhor investigados.
Mas temos que nos lembrar sempre que não é uma verdade absoluta. Aliás, a medicina evolui bastante, por isso devemos nos manter atualizadas.
Quero ressaltar algumas abordagens que chamaram minha atenção.

No artigo, os autores citam -"É interessante que as crianças pré-púberes afetadas com HII não têm predileção por sexo, enquanto o aparecimento de HII dentro de crianças mais velhas, após a puberdade ocorre predominantemente em mulheres.  Isto sugere que os hormônios desempenham um papel na fisiopatologia da doença. Além disso, os hormônios sexuais podem ser modulados por tecido adiposo e da obesidade, o que faz com que as alterações nos hormônios um mecanismo de doença aparentemente plausível. No entanto, estudos de diferenças hormonais na HII foram inconclusivos." 
Será esse um caminho para futuras respostas?
Outra citação que gostaria de dar destaque é a seguinte: -"Um estudo caso-controle multicêntrico recente demonstrou uma correlação entre o índice de massa corporal (IMC) e o risco de HII. O estudo encontrou um efeito dose-resposta, onde os níveis crescentes de IMC foram associados com o risco cada vez maior de HII. Além disso, o estudo descobriu que quantidades relativamente pequenas de ganho de peso, no intervalo de 5% a 15%, foram associadas a um risco aumentado de desenvolver HII, mesmo entre pacientes não obesos. Além disso, outros estudos demonstraram que o aumento peso está associada a recorrência da doença.  Um estudo recente realizado por Ko et al. encontraram um ganho de peso de 6% entre os 26 pacientes com HII recorrência, enquanto 24 pacientes sem recorrência teve nenhuma mudança no peso."
Isso demonstra que o controle do peso deve ser constante. Pois mesmo em pacientes não obesos qualquer aumento de peso pode levar a recorrência da doença.

Repito que não existe verdade absoluta. Esse é um artigo realizado por pesquisadores com base em resultados, mas que a qualquer momento, novas informações poderão surgir.

Boa leitura a todos!!!


Menina Lendo (2008) Inha Bastos - https://peregrinacultural.wordpress.com/category/recreacao/page/35/


Epidemiologia e fatores de risco para hipertensão Intracraniana idiopática
John Chen , MD, Ph.D.  e Michael parede , MD 
Introdução
Hipertensão intracraniana idiopática (HII) é uma síndrome caracterizada por pressão intracraniana elevada, que geralmente ocorre em mulheres obesas na idade fértil. Os sinais e sintomas de hipertensão intracraniana são de que o paciente mantém um alerta e estado mental orientada, mas não tem achados neurológicos. Não há nenhuma evidência de deformidade ou obstrução dos estudos do sistema e neurologia ventriculares são de outra maneira normal, exceto para o aumento da pressão do líquido cefalorraquidiano.  Sinais de neuroimagem de aumento da pressão intracraniana incluem a síndrome sela vazia , estenoses venosas de paredes lisas, achatadas globos e nervo óptico totalmente desdobrado bainhas. Além disso, nenhuma causa da hipertensão intracraniana pode ser encontrado. Esta definição compreende os critérios de Dandy modificados para HII.  Existe uma literatura considerável sobre HII epidemiologia, fatores de risco e as causas secundárias de hipertensão intracraniana. Nesta revisão, vamos nos concentrar em casos de HII, onde os critérios de Dandy modificados sejam atendidas.
Epidemiologia
A incidência anual de HII no mundo ocidental é de cerca de 0,9 / 100.000 pessoas e 3,5 / 100.000 em mulheres de 15 a 44 anos de idade.  No entanto, a incidência em grande parte podem variar dependendo da localização. Por exemplo, no Japão, foi encontrada a incidência de HII ser apenas 0,03 / 100.000,  enquanto que a incidência foi relatado como sendo de 2,2 / 100.000 em Líbia.  Um resumo dos estudos epidemiológicos pode ser visto na tabela 1 .  Diferenças em fatores ambientais, especialmente obesidade, provavelmente desempenham um papel nas diferentes incidências observados nestes estudos.

Resumo de estudos epidemiológicos sobre HII
HII está aumentando em incidência em paralelo com a atual epidemia de obesidade.  Em um grande estudo populacional envolvendo Iowa e Louisiana, Durcan et al., Encontraram a incidência de HII a ser de 19 por 100 mil entre as mulheres obesas com idades entre 20 a 44 anos que estavam 20% ou mais acima do peso ideal, em comparação com 0,9 por 100.000 na população em geral.  Outros estudos populacionais têm confirmado que a grande maioria dos pacientes com HII são mulheres obesas em idade fértil.  A média de idade momento do diagnóstico é de cerca de 30 anos. O custo anual do HII nos Estados Unidos sozinho tem sido estimada em mais de 444 milhões de dólares, principalmente por causa de hospitalizações frequentes e sua predileção por jovens adultos em idade de trabalho, resultando em uma perda significativa de produtividade. 
 Embora menos freqüente, HII também pode ocorrer em crianças, homens e idosos.  Em um estudo retrospectivo de HII na população pediátrica, Cinciripini e colegas descobriram que HII era rara em crianças, e curiosamente não encontrou nenhuma predileção por sexo ou superior. Taxas de obesidade em crianças pré-púberes com HII  a falta de predileção pelo sexo feminino e obesidade em crianças pré-púberes também foi observado em outros estudos retrospectivos de grande porte.  Após a puberdade, as mulheres obesas são mais freqüentemente afetados, semelhante a HII início na idade adulta.
Na idade adulta, a menos de 10% de pacientes são do sexo masculino HII. Tal como as mulheres, os homens afetados com HII são tipicamente obesos. No entanto, estudos sugerem machos podem ter resultados visuais piores do que as fêmeas com HII.  Num estudo retrospectivo de 721 pacientes com HII, os homens tinham duas vezes mais probabilidade de desenvolver perda de visão grave em comparação com as mulheres. Os homens também foram mais propensos a ter apneia do sono, relatam menos dores de cabeça, e mais propensos a ter alterações visuais como seu primeiro sintoma de HII.  O prognóstico visual pior em homens pode ser porque eles menos frequentemente experimentam ou relatar outros sintomas de aumento da pressão intracraniana, o que pode levar a mais avançada doença na apresentação.
Não há predileção racial clara para HII. Enquanto a maioria dos estudos epidemiológicos mostram bastante igual prevalência de HII entre os diferentes países, existem alguns estudos que sugerem HII pode ser menos prevalente entre asiáticos.  Isto é principalmente pensado para refletir diminuição da obesidade em alguns países asiáticos. A incidência de obesidade em os EUA é de 33,5% entre as mulheres adultas em comparação com apenas 3% no Japão.  No entanto, estudos recentes mostraram uma menor prevalência de obesidade entre os pacientes asiáticos com diagnóstico de HII.  Isto sugere que a obesidade não pode jogar como grande um papel no desenvolvimento de HII entre os asiáticos.
Embora não haja nenhuma diferença na prevalência de HII entre afro-americanos e caucasianos, os doentes afro-americanos com HII podem ter resultados visuais piores em comparação com americanos caucasianos. Em uma revisão retrospectiva de 29 homens, Digre e Corbett descobriram que 3 de 4 homens americanos africanos tornou-se cego de HII.  Embora este foi um pequeno número de pacientes, essa observação também foi visto em uma revisão retrospectiva maior feito por Bruce et al. , que analisou 197 preto e 253 pacientes não-negros com HII e descobriram que os pacientes negros eram mais propensos a ter perda de visão severa em pelo menos um olho. Estes resultados sugerem diferenças étnicas e antecedentes genéticos podem influenciar na patogênese da doença.
Fatores de risco da hipertensão intracraniana idiopática
Estudos de condições associadas com HII são principalmente não controlada e retrospectiva. Isto levou a conclusões erradas porque os investigadores têm tentado implicar HII usando acaso e associações espúrias com condições médicas comuns e medicamentos. Além disso, há uma série de relatos de casos de associações com HII onde os casos não cumprem os critérios de Dandy modificados de HII e, portanto, deve ser desconsiderada. Identificar fatores de risco verdadeiro para HII é importante para fazer o diagnóstico de HII e também a compreensão da fisiopatologia da doença.
A Tabela 2 lista as etiologias da hipertensão intracraniana que atendem aos critérios de Dandy modificados para HII exceto que uma causa é associada. O altamente provável categoria fatores de risco é uma lista de casos com muitos relatórios da associação com múltiplas linhas de evidência. Prováveis ​​fatores de risco são relatórios com alguma evidência convincente. Possíveis fatores de risco têm evidências sugestivas ou são condições comuns ou medicamentos com hipertensão intracraniana como uma possível associação rara. Também listados são alguns frequentemente citados, mas pouco documentada ou fatores de risco improváveis; três estudos de caso-controle sugerem a maioria destas associações não são válidas.  Há também uma lista de causas secundárias de hipertensão intracraniana que podem imitar HII, mas têm anormalidades estruturais ou de outra razão para o aumento da pressão intracraniana.
O diagnóstico diferencial de IAH (casos devem atender aos critérios de Dandy modificados de HII exceto quando a causa é encontrada)
Fatores de risco altamente prováveis e prováveis
Dada a relativamente elevada prevalência da obesidade na HII pacientes, o peso desempenha claramente um papel no processo da doença. Um estudo caso-controle multicêntrico recente demonstrou uma correlação entre o índice de massa corporal (IMC) e o risco de HII. O estudo encontrou um efeito dose-resposta, onde os níveis crescentes de IMC foram associados com o risco cada vez maior de HII. Além disso, o estudo descobriu que quantidades relativamente pequenas de ganho de peso, no intervalo de 5% a 15%, foram associadas a um risco aumentado de desenvolver HII, mesmo entre pacientes não obesos. Além disso, outros estudos demonstraram que o aumento peso está associada a recorrência da doença.  Um estudo recente realizado por Ko et al. encontraram um ganho de peso de 6% entre os 26 pacientes com HII recorrência, enquanto 24 pacientes sem recorrência teve nenhuma mudança no peso. Além de contribuir para o aparecimento e recorrência do HII, os estudos também sugerem que a obesidade pode ser um fator de risco para o Visual perda entre os pacientes com HII.  Em um estudo prospectivo de 50 pacientes com HII, parede e George demonstrou que a deterioração do campo visual foi significativamente associada com o ganho de peso recente. Uma recente revisão retrospectiva de 414 pacientes HII também encontrou uma associação entre o aumento do IMC e da gravidade do papiledema e perda da visão.  Embora a obesidade está claramente associada com HII, o mecanismo de como isso pode causar HII é desconhecida.
Sexo é outro fator de risco óbvio, porque mais de 90% dos pacientes afetados com HII são mulheres. Ele ainda não é bem compreendido por que é que existe tal predileção por sexo para a doença. É interessante que as crianças pré-púberes afetadas com HII não têm predileção por sexo, enquanto o aparecimento de HII dentro de crianças mais velhas, após a puberdade ocorre predominantemente em mulheres.  Isto sugere que os hormônios desempenham um papel na fisiopatologia da doença. Além disso, os hormônios sexuais podem ser modulados por tecido adiposo e da obesidade, o que faz com que as alterações nos hormônios um mecanismo de doença aparentemente plausível. No entanto, estudos de diferenças hormonais no HII foram inconclusivos.  Porque o sexo feminino e obesidade são os principais fatores de risco para HII, alterações endócrinas e hormonais provavelmente desempenham um papel na doença através de uma via indeterminada. Outras alterações menos comuns, mas convincentes endócrinos conhecidos por estarem associados com a hipertensão intracraniana incluem a doença de Addison,  hipoparatireoidismo, e uso de hormônios de crescimento em crianças. 
Outro fator de risco para a hipertensão intracraniana é a intoxicação por vitamina A. Este fenômeno tem sido conhecida há séculos pelo Esquimó (Inuit) que caça ursos polares para a pele e carne, mas evitam comer o fígado, por medo das dores de cabeça e visão turva que resultam da sua ingestão. Os ursos polares têm níveis de vitamina A hepáticas altas, porque eles estão no topo da cadeia alimentar do Ártico e, portanto, a ingestão do fígado foi provavelmente induzir hipertensão Intracraniana. Hipervitaminose A associada à hipertensão intracraniana foi ainda descrito por Gerber e seus colegas em 1954 e é agora uma associação bem conhecida.  Outras formas de vitamina A, como a isotretinoína (Accutane) para tratamento da acne e ácido retinóico especialmente all-trans para o tratamento da anemia promielocítica aguda, também foram encontrados para ser associada com a hipertensão intracraniana.  Dada a clara associação entre a intoxicação por vitamina e hipertensão intracraniana, foi levantada a hipótese de que a patogênese envolve HII de um metabolismo da vitamina anormal. Curiosamente, estudos recentes descobriram aumento dos níveis de retinol não ligado no líquido cefalorraquidiano (LCR) de pacientes com hipertensão intracraniana idiopática que não receberam suplementação de vitamina A.  Tem sido sugerido que os níveis elevados de vitamina A pode causar hiperestimulação dos RAR α receptores no sistema nervoso central, o que resulta no aumento da pressão intracraniana por prejudicar a absorção do LCR.  No entanto, se alteração do metabolismo da vitamina A está associada com HII, deve haver outros fatores que influenciam a doença porque não há evidência de que o metabolismo da  vitamina A é diferente em mulheres do que homens.
Relatos de casos associando algumas outras drogas parecem convincentes, bem como: tetraciclinas e seus derivados,  nitrofurantoína,  indometacina  ou cetoprofeno na síndrome de Bartter,  e terapia de reposição de tireóide em crianças com hipotireoidismo.  Enquanto a utilização de corticosteróides não está associada a hipertensão intracraniana, retirada esteróide claramente está ligado (ver Tabela 2 ). 
Possíveis fatores de risco
A co-ocorrência de apneia obstrutiva do sono e HII tem sido bem relatada.  No entanto, ainda é discutível se isso é por causa da alta prevalência de obesidade em pacientes com HII, que é claramente um fator de risco de apneia do sono. Um estudo recente sugere que a apneia do sono não é um fator de risco independente para HII quando outros fatores de risco, como a obesidade, são tidos em conta.  No entanto, dois estudos anteriores documentaram aumento da pressão intracraniana durante os períodos de apnéia em pacientes com HII.  Jennum e Børgesen documentado a ocorrência de aumento da pressão intracraniana durante as horas de vigília na ausência de apneia em metade dos seus assuntos. Uma vez que existe um mecanismo biologicamente plausível para explicar o aumento da pressão intracraniana na apneia do sono, recomendamos estudos do sono em todos os pacientes com sintomas sugestiva de apneia obstrutiva do sono.
Outros possíveis fatores de risco para a hipertensão intracraniana incluem ácido nalidíxico,  de lítio, lúpus eritematoso sistêmico, Hipofosfatasia , entre outros (ver Tabela 2 ).
Fatores de risco improváveis ​​ou não comprovadas
Embora a retirada de esteróides e doença de Addison estão claramente associados com a hipertensão intracraniana, como é hipoparatireoidismo, links para outras anormalidades endócrinas permanecem sem provas. Por exemplo, a utilização de corticosteróides tem sido associado com diversos casos suspeitos de hipertensão intracraniana; No entanto, nenhum dos casos preencher os critérios de Dandy modificados.
Várias outras associações supostas com HII foram refutadas por estudos controlados. Gravidez, menstruação irregular e uso de contraceptivos orais têm sido mostrados para serem simplesmente associações acaso. Em estudos de caso-controle, nenhuma associação é encontrada entre HII e multivitamínico, contraceptivos orais, corticosteróides ou o uso de antibióticos. 
A hipertensão arterial foi encontrada para ser associado com HII.  No entanto, a pressão sanguínea elevada espuriamente tem-se divulgado em pessoas obesas, devido à utilização de tamanho padrão, em vez de punhos esfigmomanômetro de tamanho grande e a obesidade está associada com a hipertensão arterial. É pouco provável que haja uma associação direta da hipertensão arterial e HII.
As causas secundárias de hipertensão intracraniana
Muitas entidades podem causar aumento da pressão intracraniana e imitar os sinais e sintomas de HII. Muitos têm outros sintomas ou achados que tornam o diagnóstico mais fácil de distinguir, como febre e alterações do estado mental associados com meningite. No entanto, existem entidades de doença que só se apresentam com sinais e sintomas de aumento da pressão intracraniana e, portanto, só pode ser diagnosticada com neuroimagens ou a avaliação do fluido cerebrospinal após a punção lombar. Embora estas doenças podem causar um quadro clínico idêntico ao HII, eles não são idiopáticos.
Grandes lesões do SNC, especialmente se eles crescem muito lentamente, às vezes pode causar aumento da pressão intracraniana, apresentando como característica única. Qualquer doença que causa diminuição do fluxo através das granulações aracnóides ou obstrui a via venosa das granulações para o coração direito é aceite como causa da hipertensão intracraniana devido à sua plausibilidade biológica. Trombose do seio venoso dural é o mascarado clássico para HII. Malformações arteriovenosas ou fístula dural com alto fluxo pode sobrecarregar o retorno venoso e resultar em elevação da pressão intracraniana. Outras entidades incluem síndrome da veia cava superior, tumores glômicas, e outros (ver Tabela 2 ).  As doenças que marcadamente aumentam a proteína dentro do fluido cerebrospinal, tais como o síndroma de Guillain-Barre ou tumores intra-espinais, pode também levar a aumento da pressão intracraniana.
Porque estas doenças podem se mascarar como HII e muitas vezes requerem um tratamento diferente, é importante obter uma ressonância magnética juntamente com uma punção lombar e muitas vezes uma MRV em pacientes com sinais e sintomas de aumento da pressão intracraniana
Conclusão

Hipertensão intracraniana idiopática é uma doença de mulheres em idade fértil, e sua prevalência está a aumentar devido à epidemia mundial de obesidade. Há muitos fatores de risco que têm sido associados com HII, muitos dos quais parecem ser as associações por acaso. Reconhecer e compreender os fatores de risco que realmente contribuem para a hipertensão intracraniana é importante tanto em diagnosticar e compreender a fisiopatologia da doença. Há também muitas doenças que causam a hipertensão intracraniana que imitam a HII, que são importantes para reconhecer porque o resultado do tratamento e são diferentes dependendo da etiologia. Resultados recentemente concluído do Multicentro Idiopathic Intracranial Hypertension Treatment Trial (HIITT) provavelmente vão lançar mais luz sobre os fatores de risco e patogênese da doença.

Um grande abraço.

Lih!!

Fonte: http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pmc/articles/PMC3864361/
Tradução feita através do Google Translate