sexta-feira, 28 de agosto de 2015

Relato de Caso - Congresso Brasileiro de Oftalmologia 2015

Olá amigas, vencendo um leão por dia? Eu estou. E posso dizer que não está nada fácil, mas sou forte e sei que sou capaz.
Hoje eu estava pesquisando sobre o mês de conscientização da Hipertensão Intracraniana Idiopática ou Pseudotumor Cerebral e me deparei com algo bem interessante. Mas vamos por partes.
Se você ainda não sabe, o mês de Setembro é o mês de conscientização da Hipertensão Intracraniana Idiopática. É um mês onde divulgamos a doença, falamos sobre ela e buscamos discutir sobre os sintomas, nossas dores, os tratamentos e quem sabe a cura. Mas quero trazer mais informações sobre tudo isso para vocês. 

Autor desconhecido. 
Mas o que encontrei de interessante foram duas incríveis abordagens que será realizada no Congresso Brasileiro de Oftalmologia justamente entre os dias 02 e 05 de Setembro de 2015 (olha que legal, mês da conscientização), que entre diversos temas, também abordará sobre a Hipertensão Intracraniana Secundária ao uso de anticoncepcionais e sobre Papiledema Bilateral Secundário a Hipertensão Intracraniana por uso de Anti-Inflamatório.
Isso é de extrema importância, pois mostra que os médicos estão alertas a esta doença que vem acometendo cada vez mais pessoas. As mulheres são as principais vítimas, mas o número de crianças diagnosticadas com Pseudotumor Cerebral vem crescendo também.
Vários estudos e artigos já postados aqui mostravam vários agentes possivelmente causadores, mas a novidade está na abordagem médica para esses agentes, conforme citado nos estudos de caso abaixo.

http://www.cbo2015.com.br/cbo2015


Código: RC121
Área Técnica: Neuroftalmologia
INSTITUIÇÃO ONDE FOI REALIZADO O TRABALHO
  • Principal: Hospital Naval Marcílio Dias - Rio de Janeiro (RJ)
AUTORES
  • Pedro Bastos Ventura (Interesse Comercial: Não)
  • Flávia Dutra Mediano Dias (Interesse Comercial: Não)
  • Felipe Moraes Erthal Tardin (Interesse Comercial: Não)
TÍTULO
HIPERTENSÃO INTRACRANIANA SECUNDÁRIA AO USO DE ANTICONCEPCIONAL

OBJETIVO
Esse trabalho consiste em um relato de caso de uma paciente de 38 anos, com diagnóstico presumível de Hipertensão Intracraniana secundária ao uso de Anticoncepcionais. Temos como objetivo alertar aos oftalmologistas sobre possíveis alterações neuroftalmológicas de uma medicação amplamente utilizada em nosso meio, e que pode produzir efeitos colaterais graves.

RELADO DE CASO
Paciente feminino de 38 anos, parda, casada, natural do RJ compareceu ao HNMD por BAV associada à cefaleia de início há cerca de 1 mês. Negava outros sintomas. Previamente hígida. Havia realizado injeção de medroxiprogesterona de depósito trimestral há 2 meses, após 1 mês apresentou sangramento de escape e o ginecologista associou anticoncepcional oral combinado. Ao exame físico apresentava AVSC: 0,50 AO sem melhora com melhor correção, senso cromático preservado, MEO sem alterações; reflexos pupilares normais, TAG: 14/14 mmHg. FO: Edema de papila e hemorragias ao redor do disco óptico em AO. O Exame neurológico normal. Campimetria apresentava alargamento da mancha cega. Foi realizado exame de RNM sem alterações. As sorologias eram negativas. Realizado punção lombar que demonstrou pressão de abertura de 235mmHg e bioquímica normal. Foi então suspenso o ACO da paciente. Em 15 dias a paciente apresentava AV: 1,0 em AO, assintomática, nervo óptico de contornos regulares e com regressão das alterações campimétricas.

CONCLUSÕES
A síndrome de pseudotumor cerebral engloba a HI idiopática e outras causas de HI secundárias, incluindo o uso de fármacos como os ACO, lítio, vitamina A, corticoides, entre outras. Os critérios diagnósticos são: sinais de HI, ausências de sinais neurológicos (exceto do VI par), LCR normal, imagem de crânio sem alterações e boa resposta à retirada da droga. A HI idiopática tem incidência de 1:100.000. 90% dos pacientes são mulheres em período fértil. É possível que exista subdiagnóstico de HI secundária neste grupo.



Código: RC134
Área Técnica: Neuroftalmologia
INSTITUIÇÃO ONDE FOI REALIZADO O TRABALHO
  • Principal: UNIVERSIDADE DE RIBEIRÃO PRETO- RIBEIRÃO PRETO (SP)
  • Secundaria: CENTRO AVANÇADO DE OFTALMOLOGIA
AUTORES
  • LUÍSA TOGNETTO DE SOUZA CAMPOS (Interesse Comercial: Não)
  • ANNA FLORA TEIXEIRA SOTO (Interesse Comercial: Não)
  • FRANCYNE VEIGA REIS CYRINO (Interesse Comercial: Não)
TÍTULO
PAPILEDEMA BILATERAL SECUNDÁRIO A HIPERTENSÃO INTRACRANIANA POR USO DE ANTI-INFLAMATÓRIO.

OBJETIVO
Relatar o caso de uma criança que apresentou papiledema bilateral e baixa acuidade visual após uso abusivo de AINE.

RELADO DE CASO
Criança, 10 anos, masculino, apresentou quadro de BAV súbita, cefaléia e tontura. Estava em uso de Nimesulida há 15 dias para tratamento de Otite Média Aguda. Foi realizado exame clínico (AV, biomicroscopia, fundoscopia e avaliação de pares cranianos) e internação do paciente. Durante a internação foi realizado, TC de Crânio, Angioressonância, punção liquórica e exames laboratoriais.

CONCLUSÕES
Durante a avaliação foi diagnosticado HIC(Hipertensão Intracraniana) devido a papiledema bilateral presente em fundoscopia e punção liquórica que mostrou líquor límpido com celularidade normal e pressão elevada, caracterizando HIC. A TC de crânio e angioressonância mostraram-se sem anormalidades. Diante disto, foi descontinuado o AINE e iniciado Acetazolamida oral, com melhora do quadro. Conclui-se que uso abusivo de AINE pode ser danoso, acarretando alterações severas em adultos e crianças, devendo ser usado com cuidado.


Fico feliz em me deparar com estudos assim, pois demostra que se preocupam conosco, com nosso sofrimento. 
Tenho fé que um dia tudo isso terá fim. 
Um grande abraço com esperanças renovadas.
Lih



Fonte: http://www.cbo2015.com.br/cbo2015/programacao/relato-de-caso?id=17
Fonte: http://www.cbo2015.com.br/cbo2015/programacao/relato-de-caso?id=351

sábado, 15 de agosto de 2015

Hipertensão Intracraniana Idiopática ou Secundária, entendendo melhor essa diferença.

Olá meus amigos, tudo bem?
Quando temos uma doença rara e desconhecida, a busca por respostas é longa. E algumas vezes essas respostas nos deixam confusos. 

http://www.reducaoestomago.com.br/as-principais-duvidas-da-gastroplastia-respondida-por-especialistas/
Passei por vários especialistas na busca por respostas e o diálogo abaixo representa uma parte dessa busca. 

-Doutor o que tenho? 
-Você tem Hipertensão Intracraniana Idiopática, ou.
-Você tem Pseudotumor Cerebral, ou.
-Você tem Hipertensão Intracraniana Benigna.

Quem não fica confuso com tantos nomes. 
Mas não termina por aí, temos que saber se a Hipertensão Intracraniana é Secundária ou Idiopática.

Por favor, alguém me explique!!!

Demorei a entender. Mas para que tudo fique bem explicado, encontrei esse artigo justamente sobre isso.
Afinal, a única certeza que tenho são que os sintomas são terríveis, independente do nome dado, se a causa é conhecida ou não se conhece a causa.

Hipertensão intracraniana: É primário, secundário, ou idiopática?
Shawn C. Aylward


"A hipertensão intracraniana é uma doença rara que, se não for devidamente diagnosticada, pode resultar em morbidades, tais como perda de visão e dor crônica. O relato de caso por Reddy et al nesta edição do Journal é uma apresentação clássica de um paciente que sofre de hipertensão intracraniana.  Ela é uma mulher de meia-idade com um recente início da cefaléia piora progressivamente, edema óptica, visão turva transitória e documentado perda de visão periférico. O paciente recebeu o trabalho adequada para cima, com o teste inicial feito para excluir um espaço ocupando lesão ou infecção como a causa de suas dores de cabeça. Os autores então questionar se apropriadamente sua hipertensão intracraniana pode ser considerado secundário para utilização de dexametasona, 6 meses antes da apresentação.
A terminologia associada à hipertensão intracraniana é confusa e muitas vezes usado incorretamente. No entanto, o uso incorreto pode ter um impacto no trabalho de acompanhamento e tratamento curso de um paciente. Existem dois tipos de hipertensão intracraniana: primário e secundário, também conhecida como hipertensão intracraniana idiopática (HII) e hipertensão intracraniana secundária a (uma condição específica), respectivamente. A diferenciação entre estes dois estende além de simplesmente ser um exercício acadêmico.
Hipertensão intracraniana primária passou por vários nomes desde que foi descrita pela primeira vez por Quincke em 1897 e denominada "meningite serosa". Em 1904, Nonne cunhou o termo pseudotumor cerebral porque os pacientes muitas vezes apresentam sintomas semelhantes aos encontrados em um paciente com uma massa intracraniana. Em 1955, Foley sugeriu a noção de hipertensão intracraniana benigna, de modo a evitar conotações negativas associadas a um diagnóstico "pseudo-câncer". Na década de 1980, na seqüência de uma série de relatórios que descrevem a perda da visão, a síndrome foi renomeada HII. Outros nomes passados ​​incluíram hidrocefalia otitic, hidropisia meninges hipertensos e hipertensão meníngea.
Os termos mais antigos do pseudotumor cerebral e HII permanecem em uso, especialmente entre o público leigo. Infelizmente ambos os nomes são muitas vezes aplicado de forma incorreta por profissionais médicos também. Este mau uso é parcialmente o resultado da ambigüidade inerente em ambos os termos, e resultou em sugestões para clarificar ambos os tipos de utilização dos termos hipertensão intracraniana primária ou secundária (HIP e HIS, respectivamente). Qualquer condição que possa resultar no aumento da pressão intracraniana seria caracterizada como hipertensão intracraniana secundária. A expectativa é que o aumento da pressão atual seria rapidamente resolver de uma vez a condição causal é corrigido. Exemplos incluem a cessação da tetraciclina ou uso de hormônios de crescimento, ou recanalização de uma trombose do seio venoso transverso. Medicamentos adicionais e trabalhar até pode ser necessária em casos de HIS: Por exemplo, o uso de injeções de enoxaparina e hematológica trabalhar até no caso de trombose venosa sinusal.O uso de acetazolamida ou furosemida ainda deve ser considerado para um curso de curta duração para reduzir o risco de déficits visuais permanentes. Tratar os médicos devem monitorar esses pacientes de perto como uma vez a condição causal é corrigido pacientes podem desenvolver hipotensão intracraniana devido à hipercorreção da acetazolamida, ou tratamentos semelhantes.
Hipertensão intracraniana primária é reservada para pessoas que não têm uma causa clara para o aumento da pressão intracraniana. Esses indivíduos podem ter fatores de risco para o aumento da pressão intracraniana, como os links freqüentemente associados com a puberdade, sexo feminino, obesidade e síndrome do ovário policístico.

O paciente apresentou por Reddy et ai , levanta a questão de saber se esta apropriado paciente deve ser considerado primário ou secundário. Foi relatada a utilização de esteróides para causar HIS. No entanto, em termos da relação com a utilização de esteróides e o início dos sintomas no HIS, os sintomas aparecem durante o tratamento ou logo após os esteróides são afilados. Neste caso, havia uma janela de dois meses entre a retirada abrupta da dexametasona e o desenvolvimento de sintomas. Portanto, como os autores sugerem, seria apropriado para rotular esse paciente como tendo HIP. Além disso, este paciente também tem o fator de risco associado bem conhecido de obesidade com ganho de peso recente, que neste caso foi o resultado pretendido de auto-medicação com dexametasona e ciproheptadina."

Quanto mais lemos, mais entendemos.
Espero que tenham gostado.

Lih!

http://www.irannaz.com/romantic-photos-in-the-rain.html

Fonte: http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pmc/articles/PMC4173226/
Tradução feita através do Google Translate


domingo, 2 de agosto de 2015

A HII contagia?

Oi meus amigos e amigas, como estão? 
As férias acabaram e retornamos as nossas rotinas. Mas como anda a rotina de vocês? Como a Hipertensão Intracraniana Idiopática está mudando o dia-a-dia da sua casa, da sua família?

Fonte: http://www.atletaemfoco.com/?p=1457

Para iniciar este post levo em conta minhas próprias vivências e experiências com essa doença. Também me baseei nos relatos verificados pela internet das pessoas que sofrem buscando tratamentos, auxílios, lutando diariamente e bravamente contra a doença e todos os efeitos reflexos que ela causa às pessoas.
Desde o início do tratamento, buscamos de forma incansável a cura para esta doença, que vem aumentando de incidências nos últimos tempos.
E geralmente nos fazemos acompanhar pelos nossos maridos, mães, irmãos, irmãs, tendo em vista não reunirmos condições físicas e psicológicas, nessa luta árdua que travamos diariamente e rotineiramente, nos dirigindo a médicos, hospitais, clínicas e exames. Além disso quantas e quantas vezes nossos entes queridos ficam conosco até mesmo internados e sofrendo os efeitos da doença. Quantas e quantas vezes não são obrigados a deixar os empregos em segundo plano,a deixar a vida de lado para estar conosco nesta luta. Quantas e quantas vezes não fazem até o impossível para nos ver bem e felizes.

Fonte: http://telium.com.br/e-mail-corporativo/

Tudo isso me fez pensar e perguntar: A HII é contagiosa?
Vejamos que pelo que se conhece da doença, até mesmo por inúmeros textos e artigos científicos de instituições renomadas a esse respeito, nada se diz nesse sentido, porém, levando-se em conta o acima relatado, em minha humilde opinião ela é uma doença indiretamente contagiosa.
Você vai me perguntar o porquê dessa colocação?
E com tudo que já senti, com tudo que já vivi irei responder: acredito ser indiretamente contagiosa, pois, ela afeta também nossos familiares e entes queridos.  Como citado acima a vida das pessoas que estão ao nosso lado muda radicalmente com o convívio diário com a HII. Nossos pais, maridos, esposas, filhos, irmãos, irmãs, amigos, muitas vezes deixam suas vidas de lado, para viver conosco os efeitos cruéis da doença e a busca incessante pela cura. Podem não sentir as dores de cabeça, ter a visão dupla ou demais sintomas, mas permanecem internados conosco, sentem a angústia, a ansiedade, o medo, a depressão que muitas vezes desenvolvem diante de tanto sofrimento. Nossos filhos também sofrem, abrindo mão de passeios, lazer, festas pois a mãe/pai sempre está doente e  precisa de todo o cuidado.
Achei importante escrever este Post, pois, através dele quero homenagear e agradecer aos meus familiares e entes queridos que junto comigo vivem os efeitos da doença. Sem esse precioso auxílio seria mais árduo e duro o meu caminho.
Também quero passar muita força e muito incentivo a todas as pessoas que acompanham os portadores de HII. Saibam que Deus está lhe observando, a vitória sempre virá para quem a persegue e o coração de vocês todos é lindo como suas atitudes.

Fonte: http://pt-pt.hqhdwalls.com/menina-segurando-flores-papel-de-parede-5216.html


Um grande abraço 

Lih