quarta-feira, 30 de dezembro de 2015

Feliz 2016!!!

O que esperar de um novo ano? 
Faltam poucas horas para finalizarmos mais uma etapa em nossas vidas. 
Para alguns, boas lembranças. Para outros, que acabe logo!
Muitos planos foram realizados, outros foram engavetados, e tem ainda os que foram para a lixeira. 
Mas continuamos a nossa caminhada. E assim o faremos por muito tempo, espero.

Daqui a poucas horas iremos iniciar a contagem regressiva para 2016.
http://www.bolsademulher.com/decoracao/como-decorar-casa-para-festa-de-ano-novo
Neste momento nossos pensamentos viajarão por muitos sentimentos e desejos.
E eu desejarei muito amor. Amor entre minha família e amigos. Que exista amor entre as pessoas.
Desejarei saúde. Sabemos como é pesado o fardo de uma doença. 
Desejarei fé e esperança nos corações, pois quando me senti triste e perdida foi a esperança de que Deus estava comigo que me fez levantar a cabeça e continuar.
Desejarei felicidade. Sorrir alivia todas as dores, do corpo e da alma.

E assim quero estender meus desejos para todos os meus amigos e amigas que vencem uma batalha todos os dias contra essa doença chamada Hipertensão Intracraniana Idiopática.

Vencemos a dor, vencemos a falta de informações, vencemos os efeitos colaterais dos remédios, vencemos as limitações e sequelas, vencemos o preconceito, vencemos a HII. 
Somos vencedores!!!

Um brinde a nós que nunca desistimos de ser felizes!!!

http://idiomasrio.com.br/como-surgiu-a-tradicao-de-comemorar-o-ano-novo/
Feliz 2016!!!
Lih e família 

segunda-feira, 9 de novembro de 2015

Relato de Caso - Estenose bilateral de seio venoso transverso associado a papiledema


Como vão, meus amigos e amigas. Aproveitando para trabalhar, repor as energias, ler um livro (se a visão estiver boa, claro), ficar com a família? Eu estou aproveitando para fazer quase tudo isso. Ainda sinto dificuldades em alguns momentos e em algumas tarefas, principalmente a leitura, pois a leitura ainda não é uma tarefa muito fácil para mim. Ainda bem que podemos ajustar o zoom de nossos computadores, pois sem ele até escrever para vocês ficaria bem complicado. 

Mas devagarzinho é que a gente chega lá, como já dizia o Martinho da Vila. Sem desanimar, sem perder a esperança.

E para dar sequência na nossa última postagem, onde relatamos algumas recentes pesquisas sobre a utilização da técnica de Stent Venoso como opção de tratamento para Hipertensão Intracraniana Idiopática ou Pseudotumor Cerebral, trouxe esse relato de caso brasileiro.


Então, boa leitura.


"Estenose bilateral de seio venoso transverso associado a papiledema - Relato de caso

Enéias Bezerra GouveiaI; Frederico José Corrêa LobatoI; José Filho de Sousa Lobão VerasI; João Claudio NunesII; Cristina MuccioliIII; Agenor de Melo FilhoIV

RESUMO

Relatar um caso de estenose bilateral de seio venoso transverso cursando com papiledema e discutir evolução clínica, alterações fundoscópicas, diagnóstico diferencial com pseudotumor cerebral e descrever nova proposta terapêutica (por meio do uso de "stent"). 
RELATO DE CASO: Paciente de 39 anos, do sexo feminino, portador de estenose bilateral de seio transverso associada a papiledema, apresentando baixa de acuidade visual, restrição de campos visuais e cefaléia. O diagnóstico foi confirmado por meio de angiografia cerebral. Instituiu-se terapêutica intervencionista, por meio do implante de "stent" via angiográfica cerebral, com remissão dos sinais e sintomas aos exames oftalmológico e neurológico. 
DISCUSSÃO: Neste trabalho descrevemos os achados radiológicos e oftalmológicos da estenose bilateral do seio transverso e apresentamos nova terapêutica por meio de implante de "stent" via angiografia cerebral, com melhora documentada dos níveis pressóricos intracranianos, dos achados campimétricos visuais e dados do exame oftalmológico após o procedimento. Não há relato na literatura internacional de estenose bilateral do seio venoso associado a papiledema. Por se tratar do primeiro relato na literatura, os achados descritos sugerem fortemente que esta associação possa ser parte de uma nova entidade nosológica.
Descritores: Constrição patológica/radiografia; Angiografia cerebral; Pseudotumor cerebral; Papiledema; Transtornos da visão/etiologia; Relato de caso; Feminino; Adulto

INTRODUÇÃO
Pseudotumor cerebral (PTC) ou hipertensão intracraniana idiopática (HII) é uma doença ameaçadora que compromete a visão, afetando tipicamente mulheres obesas em idade fértil . A incidência é oito vezes maior nas mulheres. Pacientes atípicos para pseudotumor cerebral, incluindo mulheres magras, homens e crianças, devem ser avaliados à procura de causa subjacente. A ressonância magnética com contraste e ressonância magnética com venografia é recomendada nesses casos.
Pseudotumor cerebral é uma síndrome de pressão intracraniana aumentada que ocorre sem uma lesão anatômica estrutural demonstrada. Os critérios clínicos que demandam procura pela causa primária, incluem: 
(1) o paciente deve estar alerta e acordado, 
(2) não deverá haver nenhum sinal de lateralização ao exame neurológico além da paralisia do músculo reto lateral, 
(3) o papiledema deverá ser causado por aumento da pressão intracraniana e não pelo pseudopapiledema 
(4) o estudo de neuroimagem deverá ser normal, e 
(5) a punção lombar demonstra aumentada pressão liquórica, concentração protéica normal ou baixa, glicose normal e contagem celular normal. Quando nenhuma causa subjacente é encontrada, o distúrbio é denominado hipertensão intracraniana idiopática.
Os sinais e sintomas neurológicos são relacionados à hipertensão venosa passiva ou congestão como resultado do aumento pressórico no seio sagital superior ou trombose do seio venoso. Os achados clínicos são determinados por volume, direção e taxa de drenagem venosa.
Os sinais e sintomas exceto por "tinnitus" pulsátil, variam e dependem aparentemente da diminuição da drenagem venosa, que pode determinar, aumento da pressão intracraniana, papiledema e déficit neurológico transitório ou persistente. As lesões oclusivas que ocorrem nos seios durais produzem trombose parcial e estenose dos mesmos e podem se manifestar com déficits neurológicos distantes da lesão. Estes déficits podem incluir aumento da pressão intracraniana, deterioração mental, hemorragia, e déficits focais remotos. Alterações neuroftalmológicas incluem a presença de papiledema, paralisia dos nervos cranianos, pulso sincrônico abrupto, "tinnitus" (raramente) e proptose, que pode ser bilateral.
Quase todos os pacientes com pseudotumor cerebral têm cefaléia, apesar do papiledema ser detectado ocasionalmente quando em exame oftalmológico de rotina. A cefaléia freqüentemente é diária, retro-ocular e piora com movimentos oculares.
Apesar de haver associação entre papiledema de grau alto e a perda visual, a aparência do nervo óptico não prediz o resultado visual do paciente.
O teste mais útil na avaliação da função visual em pacientes com pseudotumor cerebral é a perimetria. As anormalidades mais freqüentes do campo visual são o aumento da mancha cega, constrição de campo generalizada e defeitos campimétricos nasais.
O tratamento não deve ser baseado apenas na aparência do nervo óptico. A terapia tradicional emprega diuréticos, particularmente inibidores da anidrase carbônica. A anidrase carbônica, presente no plexo coroidal, tem papel principal na secreção liquórica. Um estudo demonstrou que a acetazolamida foi efetiva em 75% dos pacientes com pseudotumor cerebral.
A importância da redução do peso no tratamento do PTC foi avaliada permanecendo uma modalidade de grande valor no tratamento da HII.
O papel da cirurgia lomboperitoneal no tratamento cirúrgico do PTC foi examinado concluindo-se que a derivação lomboperitoneal é uma alternativa segura e eficaz para pacientes com PTC quando a cefaléia e a perda visual são refratárias ao tratamento medicamentoso.
O advento da ressonância magnética propiciou nova abordagem para a hipertensão intracraniana idiopática através da demonstração de lesões antes não evidenciadas por outros métodos diagnósticos de imagem. Assim, distinguiram-se outras lesões como causadores de hipertensão intracraniana do grupo antes englobado pela entidade pseudotumor cerebral.
Neste estudo, os autores apresentam um caso de estenose bilateral de seio venoso transverso cursando com papiledema e discutem a evolução clínica, as alterações fundoscópicas, diagnóstico diferencial com pseudotumor cerebral e a proposta terapêutica. Relata-se um caso de estenose bilateral de seio venoso transverso causando síndrome que se assemelha a pseudotumor cerebral. Não se encontram relatos na literatura entre estenose bilateral do seio transverso e papiledema. Consideramos que estas informações evidenciam o fato de que podemos estar diante de nova entidade nosológica, outrora classificada como pseudotumor cerebral.

RELATO DE CASO
V.G.S., do sexo feminino, leucoderma, 39 anos de idade, costureira, procedente da cidade de São Paulo, apresentou quadro de cefaléia fronto-occipital bilateral, de forte intensidade, tipo compressiva, constante, com períodos de piora e melhora espontânea, havendo exacerbação da dor aos esforços, após almoço e posição supina, e alívio relativo com analgésicos, associada à foto e fonofobia, seguida, após cinco dias, de episódio agudo de baixa de acuidade visual em ambos os olhos, acompanhados de otorragia em ouvido esquerdo. Os antecedentes mórbidos pessoais e familiares foram irrelevantes.
Ao exame oftalmológico, a paciente apresentava acuidade visual com a correção de 20/60 em OD e 20/100 em OE. Os teste de placas pseudoisoquiasmáticas não evidenciava alteração. Reflexo fotomotor e consensual era normal em ambos os olhos. A biomicroscopia em ambos os olhos foi compatível com a normalidade. Os movimentos oculares extrínsecos estavam preservados. A tonometria de aplanação apresentou pressão intra-ocular de 9 mmHg no olho direito e de 10 mmHg no olho esquerdo. À fundoscopia observou-se presença de protusão, hiperemia e edema papilar bilateral com borramento das bordas (figura 1a e 1b).
A angiofluoresceinografia demonstra hiperfluorescência transmitida peripapilar e hiperfluorescência por vazamento tardio nas bordas papilares compatível com papiledema bilateral (figura 1c).
Campimetria computadorizada de Humphrey, com programa Central 30-2 "Threshold test", utilizando estímulo "White II", evidenciou diminuição acentuada de sensibilidade na periferia dos quatro quadrantes em ambos os olhos (figura 2). A análise do líquor, exames laboratoriais e sorológicos foram compatíveis com a normalidade.
A tomografia computadorizada (TC) e a ressonância magnética (RM) do encéfalo apresentaram-se sem alterações significativas, demonstrando sinais de hipertensão intracraniana e provável estenose bilateral dos seios transversos. A angiografia cerebral confirmou estenose grave na transição do terço médio com o distal de ambos os seios transversos, havendo comprometimento luminar de aproximadamente 50% (figura 3). No cateterismo venoso, a pressão do golfo jugular, foi de 9 mmHg à direita e 8 mmHg, na porção inicial dos seios transversos foi 28 mmHg à direita e 31mmHg, na porção distal do seio sagital superior de 45 mmHg.


A paciente foi medicada com prednisona, via oral, 20 mg ao dia e acetazolamida oral, 750 mg/dia, sendo descontinuado o uso desta devido os efeitos colaterais (parestesia nos pés, náuseas e irritação gástrica).
A paciente foi submetida a implante de "stent" via angiográfica do tipo "Velocity" de 4,5 mm de diâmetro x 20 mm de comprimento (figura 3), evoluindo com melhora significativa do quadro de cefaléia, restauração dos níveis pressóricos à normalidade (pressão média de 7 mmHg no seio sagital superior, 6 mmHg no seio transverso esquerdo e 5 mmHg no seio sigmóide esquerdo) após o procedimento (figura 3). Houve melhora da campimetria computadorizada (figura 2) e da acuidade visual (20/30 em ambos os olhos) e o controle angiográfico demonstrou regressão importante da estenose com boa luz ao nível do "stent" após dois meses do procedimento intervencionista. Neste mesmo período, houve diminuição da hiperemia e do edema de papila, sendo observada maior nitidez das bordas papilares, à fundoscopia, que se mantiveram nos exames subseqüentes após quatro meses da intervenção radiológica, apresentando acuidade visual corrigida de 20/25 em ambos os olhos, não constando alterações campimétricas e os níveis pressóricos estavam compatíveis com a normalidade.

DISCUSSÃO
A hipótese inicial da paciente foi pseudotumor cerebral, que é caracterizada por aumento da pressão intracraniana, sem evidência de lesão expansiva intracraniana, exame de imagem normal e líquor cefalorraquidiano (LCR) normal, ocorrendo mais comumente em mulheres obesas em sua segunda a quarta década de vida(16). Uma vez que se tratava de uma paciente magra (forma atípica), de meia idade, com quadro de cefaléia e com episódio agudo de baixa acuidade visual e apresentando à fundoscopia papiledema bilateral, se tornava indispensável investigação mais apurada para afastamento de etiologias outras que pudessem estar gerando o quadro, já que o diagnóstico de PTC é diagnóstico de exclusão, sendo à TC com contraste, a RNM e em alguns casos a angiografia cerebral indispensáveis em casos de suspeita de PTC com manifestações atípicas.
A paciente não apresentava alterações significativas à TC e à RM, demonstrando sinais de hipertensão intracraniana e LCR normal e um curso clínico progressivo. Para esclarecer este fato a paciente foi submetida ao exame de angiografia cerebral que afastou a possibilidade de má formação arteriovenosa, de trombose parcial do seio dural e de PTC por confirmar um diagnóstico etiológico - estenose de seio transverso, com comprometimento luminar de aproximadamente 50%, o que podemos supor que seria esta alteração a determinadora do aumento da pressão intracraniana, com o subseqüente desenvolvimento de papiledema e o prejuízo visual.
Como o quadro era bastante sugestivo inicialmente de PTC, a paciente teria sido tratada com prednisona, via oral, 20 mg ao dia e acetazolamina oral 750mg/dia, não apresentando resultados satisfatórios uma vez que não se tratou a causa base. A paciente foi examinada pela neurologia que propôs a implantação de "stent" via angiográfica, no seio venoso transverso, que permitiria a ampliação da luz venosa e assim uma redução nos níveis pressórios intracraniano.
No caso apresentado, os autores propuseram o diagnóstico de estenose de seio transverso bilateral, pelo fato de a paciente apresentar quadro de hipertensão intracraniana com cefaléia intensa e papiledema bilateral e angiografia cerebral compatível com estenose bilateral de seio venoso transverso. A respeito das opções terapêuticas, não há um tratamento clínico comprovado, tendo sido proposto o implante de "stent" via angiográfica no seio venoso transverso para correção da estenose, com melhora documentada do campo visual e da fundoscopia, e melhora dos sintomas.

Não há relato na literatura da associação de estenose bilateral do seio transverso a papiledema. Cumpre considerar que o presente relato só foi possível mediante os avanços diagnóstico de imagem, proporcionando hipótese diagnóstica mais precisa. O quadro descrito é sugestivo de pseudotumor cerebral que só foi afastado depois de uma investigação mais profunda, assim a definição de sinais e sintomas desta doença, formas diagnósticas, modalidade de tratamento, diagnóstico diferencial e prognóstico da mesma só acontecerá quando outros pacientes forem estudados."


Espero que todos esses artigos e estudos de casos ajudem a todos a conhecerem melhor o que enfrentamos.

Um abraço e boa semana para todos ;)
Lih!






Ajustes nossos.

sábado, 17 de outubro de 2015

Os Tratamentos Cirúrgicos para a HII - Stent de Seio Venoso

Olá amigas e amigos, tudo bem?
Já falamos sobre tantos assuntos aqui no nosso cantinho, mas estava faltando algo muito importante no que diz respeito a Hipertensão Intracraniana Idiopática ou Pseudotumor Cerebral: os tratamentos cirúrgicos.
Infelizmente muitos amigos acabam necessitando do tratamento cirúrgico, pois os sintomas são constantes, o risco de perda visual é grande e todo tratamento medicamentoso não surtiu o efeito necessário.
Entre os artigos e estudos já apresentados nesse Blog tem um procedimento que me gerou grande curiosidade, chamado Stent de Seio Venoso. 
Apesar de não ser o mais comum, atualmente a escolha pelo Stent Venoso vem aumentando por parte dos médicos, conforme verificamos em pesquisas feitas.

O artigo "Pseudotumor Cerebral: uma atualização sobre as opções de Tratamento"  traz uma descrição bem interessante sobre a indicação do Stent de Seio Venoso ou Stent Venoso.
"Estenose focal da cavidade transversal distal pode ser visto na maior parte dos pacientes PTC e está ausente nos controles obesos. Embora, em alguns casos, a estenose é uma consequência da elevada PIC, vários estudos demonstraram que um gradiente de pressão pode persistir ao longo do segmento estenótica mesmo após a PIC é normalizada por punção lombar ou cervical. Em tais casos, a estenose pode ser a causa de elevação PIC, e stent endovascular pode ser prosseguido se a administração médica é inadequada para aliviar a dor de cabeça ou papiledema. Numerosos relatos de colocação de stent para estenose seio sugerem um enorme sucesso com redução de 100% da pressão da cavidade intracraniana.
Em um relatório recente da nossa instituição, descritos em detalhe os resultados visuais em 12 pacientes que foram submetidos a implante de stent seio venoso para o PTC depois de ter falhado a terapia médica máxima tolerada. Um gradiente de manométrico > 4 mmHg foi encontrada em todos os pacientes (faixa 5 -28 mmHg), com redução ou resolução após implante de stent. Onze dos 12 pacientes tiveram melhora visual ou estabilidade, e dor de cabeça resolvidos ou melhorou em 7 pacientes. O zumbido pulsátil também remetido em 11 pacientes em quem estava presente. Fizemos identificar dois pacientes que desenvolveram uma nova estenose proximal ao stent, e postulamos que a anatomia triangular do seio venoso pode contribuir para o colapso do segmento imediatamente proximal ao stent cilíndrico. Futuro modificação do tamanho do stent podem impedir esta ocorrência. Com base em nossos dados e os dos outros, obtemos ressonância magnética com contraste venografia em todos os pacientes PTC e considerar o uso de stent em casos apropriados.
Potenciais complicações de implante de stent venoso incluem migração do stent, a perfuração do seio venoso, intra-stent trombose, hemorragia subdural, e proximal reestenose no stent. Tal como em nossa experiência, Kumpe et al . relatada dor de cabeça persistente após a colocação do stent em 10 dos 12 pacientes do sexo feminino com dor de cabeça antes do procedimento. Pos-stenting dor de cabeça muitas vezes é diferente em caráter do que a causada pela PIC elevada, resolve gradualmente, e é provavelmente devido à irritação local das meninges seguinte colocação de stent."

O site da SBNR (Sociedade Brasileira de Neurorradiologia Diagnóstica e Terapêutica) trouxe detalhes de como pode ser realizado esse procedimento. (http://sbnr.org.br/angioplastia-percutanea-de-seio-venoso-com-liberacao-de-endoprotese-tipo-stent/)
"ANGIOPLASTIA PERCUTÂNEA DE SEIO VENOSO COM LIBERAÇÃO DE ENDOPRÓTESE TIPO STENT
 A angioplastia dos seios venosos intracranianos é um procedimento cirúrgico realizado em sala de hemodinâmica, que consiste em se dilatar um vaso estenosado, liberando logo após uma endoprótese tipo Stent. Esta cirurgia é precedida por manomentria para verificação do gradiente de pressão pré e pós estenose. A indicação do procedimento é definida por seu médico(a) assistente e realizada por equipe especializada, tendo como finalidade o re-estabelecimento do fluxo sanguíneo através do vaso estenosado, tentando com isto reduzir a hipertensão venosa provocada pela estenose.
Abaixo estão listadas as possíveis complicações neurológicas relacionadas a angioplastia dos vasos supra-aórticos no per e pós operatório precoce:
- Trombose do stent;
- Perfuração do sistema venoso;
- Hemorragia intracerebral ou extra-axial.
Porcentagem de complicações neurológicas relacionadas à angioplastia em estudos médicos importantes:
- Complicações neurológicas transitórias ou leves;
- Complicações neurológicas permanentes;
- Óbito.
Dentre as complicações não neurológicas pode-se citar:
- Descompensação de doença pré existente;
- Reação alérgica ao contraste;
- Hematoma no local da punção;
- Outros: dor cervical, dor durante mastigação, reflexo vaso-vagal, hipotensão, descompensação de insuficiência renal, pseudoaneurisma em região da punção, hemorragia retro-peritoneal, reação pirogênica, infecção, reação alérgica aos produtos anestésicos e tromboembolia.
Complicações tardias, após 30 dias até anos pós angioplastia, são principalmente:
- Estenose intra Stent;
- Isquemia cerebral.
Além disso, sinais e sintomas como cefaleia, papiledema e tinidus podem permanecer após realização da angioplastia
Os dados abaixo foram baseados nos seguintes trabalhos científicos:
1- Fields et al Dural Venous sinus angioplastya and setnting for the treatment of idiopathic intracranial hypertension 2011 J NeuroIntervent Surg
2- Ahmed et al. Transverse Sinus Stenting for Idiopathic Intracranial Hypetension: A review of 52 patients and of model predictions 2012 AJNR"

Os estudos e ensaios clínicos, de acordo com os textos, sobre a utilização do Stent estão avançando no Brasil e no mundo. Acompanhem mais essa abordagem com um caso clínico de sucesso. 

"Ensaio Clínico Testes Nova Abordagem para hipertensão Intracraniana idiopática (pseudotumor cerebral)

09-01-2012

In a normal brain, there is unobstructed blood flow from the brain towards the neck (blue arrows).
Em um cérebro saudável, não há fluxo de sangue desobstruída a partir do cérebro para o pescoço (setas azuis).
Dr. Athos Patsalides e Dr. Marc Dinkin estão agora inscrever pacientes em um estudo de pesquisa aprovado pela FDA para a hipertensão intracraniana idiopática (HII), também conhecido como pseudotumor cerebral, uma doença que afeta principalmente mulheres jovens e pode levar à perda da visão. Este novo julgamento inovador está testando a eficácia da colocação de stent em pacientes com hipertensão intracraniana grave que não responderam a outros tratamentos.
HII é provocada pela alta pressão no fluido ao redor do cérebro, e o seu nome alternativo de pseudotumor cerebral surge a partir dos seus sintomas (dor de cabeça incluindo, visão turva ou dupla, zumbidos nos ouvidos), que são semelhantes às de um tumor cerebral. Mas HII não é um tumor no cérebro - a presença de um tumor ou outra condição deve ser descartada, a fim de fazer o diagnóstico. HII é diagnosticada quando não há outra causa conhecida para o aumento da pressão.
This illustration shows bilateral venous sinus narrowing (red circles).
Esta ilustração mostra seio venoso bilateral estreitamento (círculos vermelhos).Como resultado do estreitamento bilateral, o fluxo de sangue do cérebro para o pescoço fica comprometida, o que contribui para a hipertensão intracraniana e os sintomas de pseudotumor cerebral.
Os tratamentos atuais para HII incluem medicação para reduzir a pressão intracraniana e colocação cirúrgica de uma derivação para drenar o excesso de líquido cefalorraquidiano (LCR). Infelizmente, muitos pacientes não respondem a qualquer um destes tratamentos, ou que experimentam efeitos colaterais que prejudicam sua qualidade de vida. Estes pacientes necessitam de uma alternativa: desconhecida pseudotumor cerebral pode levar a severa perda de visão, tornando-se imperativo que a condição de ser tratada e a pressão intracraniana reduzido.
Uma vez que alguns casos de HII está associado com estenose grave das grandes veias do cérebro (chamado "seios venosos"), este ensaio clínico irá avaliar a eficácia de segurança e de longo prazo de stent seio venoso em pacientes com HII severa que não respondeu a outros tratamentos. Os relatórios publicados nos últimos anos sugerem que o implante de stent fornecer seio venoso poderia ser uma opção de tratamento segura e eficaz para pacientes com estenose.
O estreitamento do seio venoso tem sido tratada com a colocação de um stent.Como resultado, o fluxo de sangue do cérebro para o pescoço é agora restaurado (setas azuis), aliviando a pressão intracraniana aumentada e os sintomas de pseudotumor cerebral.
O objetivo do nosso estudo é avaliar a segurança e a eficácia deste implante de stent, de forma controlada, usando rigorosos critérios de inclusão e exclusão, com a longo prazo clínica e imagiologia follow-up. É nossa esperança que, em um conjunto de seleção destes pacientes que são mostrados para ter estenose seio venoso significativo, aumento da pressão intracraniana e sintomas associados irá melhorar após o tratamento. (Assista a um vídeo do Dr. Patsalides explicando o ensaio clínico.)https://youtu.be/6-wZmTCfhfY
Este ensaio clínico é um esforço conjunto entre os Departamentos de Cirurgia Neurológica, Neurologia e Neurociências e Oftalmologia no Weill Cornell Medical College e NewYork-Presbyterian / Weill Cornell Medical Center. Para mais detalhes sobre o estudo, incluindo critérios de elegibilidade, consulte a lista naclinicaltrials.gov ou entre em contato com o Dr. Patsalides em 212-746-2821 ouatp9002@med.cornell.edu ou Dr. Dinkin em 646-962-4297 ou mjd2004 @ med.cornell.edu.
Aprovado IRB # 1004011008
Avaliado por: Athos Patsalides, MD
Originalmente publicado fevereiro 2012
Última avaliação / Última atualização: novembro 2014
Ilustrações por Thom Graves

"A história do paciente: uma solução real para um Pseudotumor
Eu sofria de dores de cabeça durante todo meus vinte anos, e eu sempre pensei que eles eram enxaquecas. As dores de cabeça ficou muito pior quando eu estava grávida - que afetou a minha visão e eu realmente perder minha visão brevemente (mas inteiramente) várias vezes ao dia. Foi assustador!

Um dia meu neurologista estava olhando atrás dos meus olhos e pensei que o nervo óptico parecia inchada. Eu fui para Wills Eye Hospital, na Filadélfia, onde foi finalmente diagnosticada com pseudotumor cerebral. Claro que foi ótimo para finalmente saber o que estava errado, mas ele não parecia como se não houvesse nada que alguém pudesse fazer por mim.

Estes episódios durou durante toda a minha gravidez, e eu tinha que entregar cinco semanas mais cedo porque meus médicos pensaram que eu estava ficando cego.

Isso foi há cinco anos. Depois que eu tive o bebê, eu estava tomando Imitrex para enxaquecas e meu neurologista me colocou em Diamox para aliviar a pressão na minha cabeça, e eu parecia melhorar um pouco. Eu ainda tinha dores de cabeça constantes, mas pelo menos minha visão era melhor. Eu aprendi a gerir principalmente as dores de cabeça, mas eles afetaram o meu trabalho e minha vida social - Eu tive que tomar muitas pausas do computador, e eu perdi muitos dias de trabalho quando as dores de cabeça eram os mais graves. Eu também ficou de fora em um monte de eventos familiares - às vezes eu simplesmente sentia muito doente para participar da diversão.

Eu também estava tendo outros sintomas, mas na época eu não conectá-los para as dores de cabeça. Várias vezes eu fui ao meu médico regular para o que eu pensei que era uma infecção no ouvido. Eu continuei a ouvir este ruído balançando na minha cabeça, como um batimento cardíaco acelerado. Mesmo quando ele estava em completo silêncio, ouvi o ruído em minha cabeça.Meu médico disse que era acúmulo de cera nos ouvidos e recomendou que eu limpá-los. O barulho ficou progressivamente pior ao longo do tempo, mantendo-me à noite e tornando-se muito difícil se concentrar.
Mas, em dezembro de 2013, eu estava trabalhando na minha mesa na Universidade de Princeton, quando de repente eu tenho uma dor de cabeça muito ruim e visão turva. Houve um surto de meningite em Princeton no momento, então eu fui para o meu hospital local e insistiu em uma punção lombar. A boa notícia era que eu não tinha meningite; a má notícia foi que a pressão no meu líquido cefalorraquidiano (LCR) estava perigosamente alta.
Os médicos do hospital local recomendado Eu tenho um shunt colocado no meu cérebro para reviver a pressão, o que iria ajudar com os sintomas de dor de cabeça e problemas de visão. Eu queria ter feito o procedimento em um hospital de topo, e meu pai tinha um amigo que conhecia o Dr. Theodore Schwartz em NewYork-Presbyterian / Weill Cornell Medical Center. Depois de fazer uma chamada para o Dr. Schwartz, eu sabia que a decisão certa era ir para o melhor. Eu levei um passeio de ambulância de duas horas de Nova York.
A noite antes da cirurgia que fez este tipo especial de ressonância magnética chamado de MRV - venografia por ressonância magnética, que usa imagens da RM de olhar para suas veias. Na manhã seguinte, quando eu estava me preparando para a cirurgia, Dr. Schwartz entrou e disse: "boa notícia - encontramos um estreitamento em uma veia do seu cérebro na MRV." Eu me lembro de pensar: "Como é que uma boa notícia? "
A boa notícia foi que o Dr. Schwartz disse que eu deveria falar com o Dr. Athos Patsalides, que estava conduzindo um ensaio clínico para pseudotumor e parecia que eu seria um candidato perfeito.Como muitas pessoas com pseudotumor cerebral, eu tinha o que é chamado de estenose de seio venoso, ou um estreitamento em algumas das veias em meu cérebro. O julgamento foi para abrir o estreitamento que com um pouco de stent que poderia ser feito com cirurgia minimamente invasiva - apenas um pouco incisão na virilha, eo stent seria serpenteou-se através dos vasos sanguíneos para o meu cérebro.
Toda a minha família estava comigo no hospital naquele dia, pois todos nós pensei que estava tendo a cirurgia de derivação. Todos nós tivemos um monte de perguntas. Dr. Patsalides e Dr. Dinkin eram tão paciente e tão completa, em responder a todas elas.
Isso foi quando eu descobri que eu seria paciente número 10 no julgamento. Eu estava muito nervoso sobre isso, mas pelo menos eu não seria o primeiro! Juntos, todos nós decidimos que essa era a melhor coisa a fazer, que o ensaio clínico era o caminho a percorrer. Depois de passar todo esse tempo com os médicos Eu sabia que estava em boas mãos sempre.
A cirurgia foi em 19 de dezembro de 2013, apenas alguns dias antes do Natal. A partir do momento que entrei na sala de cirurgia, Dr. Patsalides estava ao meu lado. Ele me manteve informado sobre tudo o que estava acontecendo, enquanto estava a acontecer.
Meu maior medo era que eu tinha que estar acordado para a primeira hora, enquanto eles testaram para confirmar a presença da estenose. Eu estava tão assustado quanto poderia ser que eu estava indo para sentir alguma coisa, mas o Dr. Patsalides manteve a me explicar o que estava acontecendo e me tranquilizar Eu ficaria bem. Ele continuou me falando, me pedindo para contar-lhe sobre a minha família, e constantemente check-in para ter certeza que eu estava bem. Eu posso honestamente dizer que eu estava perfeitamente calmo e relaxado, sabendo que o Dr. Patsalides ia fazer os meus anos de dor ir embora.
A primeira hora foi gasto para fazer o teste, e me lembro de orar como eu estava sobre a mesa, por favor, deixe-me passar este teste, porque eu preciso para ser corrigido. Felizmente para mim, eu passei. Dr. Patsalides me disse que era hora de seguir em frente para a próxima fase, e ele saiu para falar com a minha família. Eu me lembro dele vindo de volta e me dizendo que todos tinham me enviou seu amor, e isso é a última Lembro-me até que eu acordei na recuperação.
Imediatamente após a cirurgia eu tive bastante dor de cabeça, como se tivesse sido atingido na cabeça, mas os anos de calor pulsante de volta na minha cabeça tinha desaparecido. Foi incrível! Depois de algumas horas e alguns medicamentos para a dor, eu me senti melhor. Eu passei a noite na UTI e os cuidados que recebi foi incrível. No dia seguinte eu estava de pé e caminhar.Eu quase não teve dor na virilha da incisão, apenas uma dor de cabeça residual. Eu realmente não podia acreditar o quão incrível eu me sentia.
Dr. Dinkin and Allyson Tlacoxolal
Dois dias depois da cirurgia eu era capaz de ir para casa, apenas a tempo para o Natal. Eu estava em esteróides e diluentes de sangue, e eu tinha dores de cabeça de vez em quando por uma semana ou assim. Mas por véspera de Ano Novo, apenas 12 dias após a cirurgia, eu me senti muito bem - nenhuma dor de cabeça, sem ruídos nos ouvidos, sem problemas com a minha visão, nada.Eu não acho que eu nunca me senti melhor em minha vida. Foi como um milagre!
Foi apenas cerca de três meses desde a cirurgia e me sinto ótimo.Antes da cirurgia, a minha vida estava cheia de dor de cabeça, o ruído constante em meus ouvidos, e perda de visão. Minha vida agora é incrível - livre de dor de cabeça, sem ruído, e nenhum dos "episódios" de visão que eu tinha antes. Eu sinto como se eu ficar melhor a cada dia. (As fotos nesta página são do dia eu vi Dr. Patsalides e Dr. Dinkin para o meu três meses visita de acompanhamento.)
Digo, pelo menos uma pessoa por dia como incrível é que temos um procedimento como este. Esta equipe é realmente no negócio de mudar a vida das pessoas, e eu recomendaria que alguém deu a oportunidade de ter este procedimento deve agir e confiar nos médicos. Eles são a equipe mais incrível que você nunca vai ter a oportunidade de ter cuidado para você. Esta foi a melhor decisão que já tomei - que mudou minha vida!"


Diante de todo exposto, é interessante sempre uma conversa esclarecedora com seu médico para que o mesmo avalie todas as circunstâncias que envolvem um procedimento cirúrgico.

O conhecimento de todos os aspectos é sempre muito importante. 
Espero que este post esclareça algumas dúvidas de vocês, como esclareceu para mim. 
Lembrando que o médico deverá ser consultado. Sempre!!!

Um grande abraço;
Lih!!!

Fonte: http://weillcornellbrainandspine.org/patient-story/patients-story-real-solution-pseudotumor
http://weillcornellbrainandspine.org/in-the-news/clinical-trial-tests-new-approach-idiopathic-intracranial-hypertension-pseudotumor
http://sbnr.org.br/angioplastia-percutanea-de-seio-venoso-com-liberacao-de-endoprotese-tipo-stent/
http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pmc/articles/PMC4278127/

Tradução feita através do Google Translate
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